Você é o que você come
Marcas de comida que provamos em SP - e que dizem muito sobre identidade.
São Paulo é, sem dúvidas, a capital simbólica da inovação, do mercado e das tendências no Brasil. Na nossa última viagem pra lá, aproveitamos pra conhecer marcas que ainda não chegaram na nossa cidade e que têm muito a ensinar sobre como construir experiências marcantes, desejáveis e conectadas com o consumidor de hoje. Algumas delas:
Albis
O Albis é um fast food de comida do oriente médio criado pela influenciadora Mariam Osman, que ficou conhecida por falar sobre beleza, moda, negócios, e… cultura árabe.
Ou seja, anos antes de abrir o Albis, ela já investia tempo construindo conteúdo em torno das suas origens. Seus 4 avós vieram do Líbano, então abrir um restaurante inspirado nessa cultura pareceu um passo óbvio e muito coerente. A comida é maravilhosa, cheia de temperos e especiarias típicas do Oriente Médio. Uma aula de consistência de marca e um exemplo forte de como influenciadores podem abrir negócios com alma, que fazem sentido com quem são e com o que carregam.



The Coffee
O The Coffee é daquelas marcas que parecem ter saído direto do Pinterest: minimalista, tecnológica e com alma japonesa.
A inspiração para a marca veio de várias viagens dos fundadores ao Japão, e a proposta era clara desde o começo: combinar o sabor do café brasileiro com o design e a eficiência das cafeterias to go japonesas. A experiência é simples e moderna: você pede por um tablet, sem interação com atendente, e recebe seu café direto no balcão. A marca nasceu no Brasil, mas já ganhou o mundo. É um belo case de como buscar referências em outras culturas pode gerar negócios originais e diferenciar dos que já existem.



Café Zinn
O Zinn foi uma daquelas descobertas que o TikTok nos fez desejar muito antes de pisar em São Paulo (e felizmente entregou tudo o que prometia).
Um café aconchegante, com um cardápio caprichado e um ambiente pensado para agradar tanto o paladar quanto o feed. Uma das coisas que mais chamou atenção foi o público: parecia que todo mundo ali compartilhava os mesmos códigos, o mesmo estilo, a mesma narrativa. Café Zinn é um ótimo exemplo de marca que entende sua audiência e cria uma experiência coerente que vai muito além do produto.



Braz Elettrica
A Braz Elettrica é a prima rebelde da tradicional pizzaria Bráz, e é um daqueles lugares cheios de detalhes surpreendentes.
Do cardápio em formato de encarte de vinil (com as sobremesas no próprio disco) até os drinks servidos com estética impecável, tudo ali grita personalidade. A trilha sonora é sofisticada, as luzes são baixas e o clima é mais de bar do que de pizzaria, criando uma experiência realmente diferenciada, convidativa e aconchegante. Os sabores também fogem do comum, com releituras criativas e ousadas das pizzas tradicionais. Visitamos a unidade do Pinheiros, que é um bairro com vibe mais boêmia, ideal para quem quer aproveitar a noite. Dica do motorista de Uber: “depois da pizzaria vai caminhar pelo bairro. É tranquilo, bonito e ainda dá pra achar um bom sorvete nos arredores”.



Foqui
Você também tem a sensação de que os negócios de comida estão cada vez mais ousados e investindo muito mais em branding e criação de conteúdo?
A Foqui é um ótimo exemplo disso: uma marca impecável, uma experiência maravilhosa e sanduíches que parecem ter saído diretamente de um perfil de receitas gringas do Tiktok - é pra quem come com os olhos mesmo. Os conteúdos da página do Instagram são extremamente criativos e com um engajamento considerável para os padrões atuais.



Scherbis
Por último, não poderíamos deixar de falar da Scherbis, marca da ganhadora da oitava temporada do Masterchef Brasil, Isabella Scherer.
Já falamos sobre ela nessa edição da newsletter, mas agora que provamos podemos reforçar: desde as embalagens até os sabores diferenciados e ousados de cookies, tudo respira um branding minucioso e impecável, que conversa totalmente com a personalidade da criadora. Scherbis é um belo case de como construir uma marca corporativa que faça sentido com a personalidade e construção prévia da marca pessoal da fundadora.



Trouxemos muita coisa dessa viagem para casa, e uma delas é a percepção de que o consumidor contemporâneo é mais exigente, mais conectado a valores, mais atento à estética e se importa mais com experiências (e se as expectativas não forem atendidas, é comum que o cliente troque para a próxima opção).
Essas marcas não vendem só o que está no cardápio: elas vendem narrativa coerente, ambiente, linguagem. Quase todas elas nasceram de pessoas que construíram audiência antes de abrir o negócio, que são repletas de referências culturais ou de ideias bem pessoais. É isso que está conectando com o consumidor. No fim, a gente se sente parte de algo quando compra de pessoas reais que acreditam no que fazem.
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Tem marcas que sabem muito bem aproveitar o momento: é o caso da Polaroid, que criou essa campanha celebrando o analógico.
Esse cara largou o emprego em um escritório de advocacia e abriu uma pizzaria. Recalcular a rota é algo cada vez mais normal quando falamos de trabalho.
A renovação da identidade visual da Amazon prova que nunca é só sobre beleza, sempre tem algum motivo estratégico maior.
Os símbolos de status mudaram. Hoje, luxo vai muito além de roupas caras: é ter tempo para cuidar da saúde e praticar esportes.
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