Alo Yoga é uma marca lifestyle e fitness criada em 2007 por Marco DeGeorge e Danny Harris, que também são donos da Bella+Canvas, uma das maiores fabricantes de camisetas dos Estados Unidos. O nome da marca vem de "Air, Land and Ocean" (ar, terra e oceano), conceito que é ampliado nos valores da marca, que incluem bem-estar, conexão com a natureza e uma vida equilibrada.
Nos últimos anos, a marca explodiu no imaginário coletivo, estampando o look de celebridades como Bella Hadid, Kylie Jenner e Hailey Bieber. Não por acaso, a Alo construiu uma estratégia poderosa, alinhando lifestyle, status e moda esportiva.



Bem-estar do nome à cultura organizacional
A comunicação da marca reforça seu compromisso ambiental e relação com o bem-estar das pessoas, reforçando títulos como “100% livre de trabalho escravo” e também a mais alta certificação da WRAP (Worldwide Responsible Accredited Production - programa de certificação que visa garantir a produção ética e responsável de peças de vestuário). Sua sede funciona com energia solar e oferece kombucha para os funcionários; seus centros de distribuição são livres de papel e, em algumas lojas, vendem alimentos orgânicos. Alguns vídeos dos funcionários falando sobre como é trabalhar na Alo mostram até estúdio de música e eventos de aniversário para seus cães.

Um dos diferenciais da Alo no varejo físico são, justamente, os “Sanctuaries”: estúdios de yoga que ficam dentro de algumas lojas, onde os entusiastas da marca podem pagar para fazer aulas. Além disso, a marca organiza eventos para engajar sua comunidade, como clubes de corrida, happy hours e palestras.
Todo esse movimento impulsionou o faturamento da Alo, fazendo com que ocupasse a fatia de US$2 bilhões do mercado global de athleisure, estimado em US$394 bilhões. A receita da empresa cresceu dez vezes desde 2020. Hoje, são mais de 130 lojas pelo mundo, e recentemente, o Brasil entrou nesse mapa.
A chegada ao Brasil: influência e preços
Já que investir em influência funcionou muito bem lá fora, é natural que a empresa já chegue no Brasil contratando personalidades como Isabeli Fontana, Maria Klaumann e Lívia Nunes, essa última que inclusive recebeu a Alo na sua luxuosíssima residência para uma ação de marca.

Além da escolha de influencers locais que determinam a cara da riqueza no Brasil, a flagship também chamou atenção pelo design da loja e pelos preços. Apesar de altos, os valores são relativamente equivalentes aos praticados nos EUA, quando convertidos. A legging mais vendida da Alo, por exemplo, chegou ao Brasil pelo preço de R$850,00: como podemos perceber, o público da marca é formado por clientes do segmento de luxo, mais interessados em status e lifestyle do que necessariamente em custo-benefício.
Na verdade, como quase toda grande marca do universo da moda, o valor não está, necessariamente, no produto. Está no pertencimento: vestir Alo é se conectar a um estilo de vida aspiracional, o mesmo das celebridades que dominam as redes sociais e ditam tendências.
Uma frase que explica isso muito bem é essa do Chip Wilson em uma entrevista para a Forbes:
“A definição de marca é que você não é tudo para todo mundo… você deve deixar claro que não quer atender certos consumidores.”
Ironicamente, Chip Wilson é fundador da Lululemon (que é a principal concorrente da Alo). Embora sua fala se refira diretamente à própria marca, o raciocínio se encaixa perfeitamente na lógica da Alo: se você busca fazer parte de uma comunidade que traduz bem-estar, autocuidado, performance e estética contemporânea, a Alo é pra você. Se você não se importa com nada disso, certamente outras marcas irão te atender melhor.
Algumas lições que podemos tirar da Alo para marcas de qualquer tamanho são:
1. Preço não é apenas uma etiqueta: ele posiciona, define e, muitas vezes, determina quem você quer como cliente.
2. Criar comunidade é mais do que uma ação de marketing: é uma estratégia essencial para construir marca e relevância.
3. Escolher as pessoas certas para representar sua marca é decisivo: influência é simplesmente uma forma de gerar mais conexão com o cliente ideal.
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Não tinha como ser de outro jeito: o Max voltou a ser HBO Max e a própria fez muita zoeira com a nova troca de nome.
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Muito bom o conteúdo!!